|
|
||
1. DURANTE as últimas décadas tem havido uma impressionante mudança na atitude do nosso povo judaico para com Jesus Para ilustrar quão significativo e de quão grande alcance tem sido essa mudança de sentimento, talvez possa ser melhor revelado pela seguinte declaração, assinalando que "um grande movimento histórico do caráter e importância do cristianismo não poderia ter sido suscitado sem que uma grande personalidade o trouxesse à existência e lhe desse forma e direção. Jesus de Nazaré teve uma missão da parte de Deus (ver Maimonides, 'Yad,' Melakim, XI. 4, e outras passagens citadas na Jew. Encycl. IV 56 et seq., s.v. CHRISTIANITY); e ele deve ter tido o poder espiritual e capacitação para ser escolhido para ela." - The Jewish Encyclopedia, vol. 7, pág. 167, col. 1, art. "Jesus of Nazareth." O Dr. Stephen S. Wise, rabino da Sinagoga Livre de Nova Iorque, apresentou uma sensacional conferência no Carnegie Hall, em 20 de dezembro de 1925, sendo o seu tema, "As Opiniões de Um Judeu Sobre Jesus." Nela ele anunciou que leu o livro Jesus of Nazareth pelo Dr. Joseph Klausner, catedrático da Universidade Hebraica de Jerusalém que, após diligente pesquisa, recomendou a todos os outros judeus a aceitarem o fato da existência de Jesus. E o Dr. Wise acrescentou: "Durante anos eu tenho sido levado a crer, como milhares de outros judeus, que Jesus nunca existiu. 'Jesus foi um mito' é a crença comum entre muitos judeus. Afirmo que não é assim. Jesus existiu." - Citado em The New York Times, 21 de dezembro de 1925, pág. 24, col. 1.
O Jesus Histórico 2. Não faz muito tempo, havia céticos que questionavam ter Jesus jamais existido como um ser humano real. Sugeria-se que Ele era meramente um fruto da imaginação, um ser lendário, um mito. Mas onde estão esses céticos hoje? São tão raros a ponto de, praticamente, não existirem. Por que é isso? A resposta é que exaustivas pesquisas científicas e estudo imparcial resolveram esta questão para sempre. Nenhuma pessoa erudita hoje duvida que Jesus existiu. 3. O Dr. Joseph Klausner, após dedicar muitos anos de cuidadosa e erudita pesquisa à questão da existência histórica de Jesus, demonstrou que "é inrazoável questionar seja a existência de Jesus (como certos eruditos fizeram, tanto no século décimo oitavo como em nosso próprio tempo) seja o seu caráter geral, conforme é descrito nesses Evangelhos. Este é o único valor histórico que podemos atribuir aos primitivos relatos talmúdicos sobre Jesus." - Jesus of Nazareth, pág. 20 (Beacon Press, Boston, Mass.: 1964). 4. Ele cita não somente Josefo (Jewish Antiquities, Livro 18, cap. 3, seç. 3), o historiador judaico; e Tácito (Annals, Livro 15, cap. 44) e Suetônio (Lives of lhe Ceasars, ''Claudius," cap. 25), ambos historiadores romanos; mas também o Talmude Babilônico como dando testemunho do fato de que Jesus foi um judeu e que ele viveu e morreu na Palestina. A afirmativa talmúdica expressa claramente: "Na véspera da Páscoa Yeshua foi levantado.... Mas sendo que nada foi fito em seu favor, ele foi levantado, na véspera da Páscoa." - Sanhedrin 43a (vol. 1, p. 281, da edição Soncino de 1935). A nota editorial de rodapé 6 na mesma página declara que o texto num dos manuscritos declara, "Yesu lhe Nazarean," (Yesu o Nazareno) enquanto a nota de rodapé 7 diz que um manuscrito florentino acrescenta o tempo, "e na véspera do sábado." 5. A mais impressionante evidência de que Jesus foi um real ser histórico - e não alguma figura lendária - é a extraordinária narrativa de Sua vida encontrada nos quatro Evangelhos. Desse fiel registro, aprendemos que Jesus viveu somente para abençoar a outros e trazer luz, esperança e alegria a suas vidas. Jesus morreu na flor de Sua juventude com a idade de apenas 33 anos e, contudo, Ele influenciou o curso da história, infinitamente mais do que todos os grandes homens, reis, imperadores, governantes, potentados, estadistas, filósofos, inventores e famosos cientistas todos juntos! 6. Um dos fatos mais impressionantes da história é que Jesus, um judeu, dividiu os séculos em duas partes. Tudo antes dEle é datado A.E.C. (ou A.C.) e tudo depois dEle é da lado E.C. (ou A.D.). Toda a história gira em torno dEle. Não obstante, ela tem o mesmo significado. Se uma personalidade tão grande como Jesus pôde dividir os séculos em duas partes, um fato que o mundo inteiro hoje acompanha, então ele realmente garante nossa investigação. Grandes homens surgiram e grandes homens se foram, mas Jesus, o judeu, transcende a todos eles. Não estamos no século XX depois de César, mas no século XX depois de Jesus. Os maiores homens não passam de pigmeus em comparação com Jesus. Como judeus, nós queremos os fatos. Se uma figura tão grande como Jesus era um judeu, e se Seus ensinos eram judaicos, então deveríamos aclamá-Lo como nosso próprio irmão judaico e não deixar que os gentios tenham toda a glória.
A Nacionalidade de Jesus 7. Devido à incomparável grandeza de Jesus, alguns têm presumido questionar a origem judaica de Jesus. Alguns têm até declarado que Ele foi um gentio da Galiléia. Ninguém, entretanto, precisa ficar perturbado por uma tão absurda e fantástica invenção. Temos evidência inegável dos registros genealógicos judaicos. Até o tempo da destruição do Templo em 70 E.C., toda criança judia do sexo masculino, especialmente o primogênito, era registrado nos arquivos do templo. Assim, um ininterrupto registro genealógico foi mantido. Uma razão pela qual isso era feito era para ajudar a identificar o verdadeiro Messias, cuja vinda havia sido antecipada e aguardada pela nação judaica. Muita mãe piedosa em Israel esperava ansiosamente que fosse ela a escolhida para dar à luz o Redentor da humanidade há muito aguardado. Segundo esses registros genealógicos, Jesus foi um descendente direto de Davi. Lemos:
O Filho de Davi 8. - "O livro da geração de Yeshua o Messias, o filho de Davi." Mateus 1:1 (Gr.). Muitas vezes Jesus era chamado, e a Ele muitos se dirigiam, como o Filho de Davi. Citamos alguns textos: - "Partindo Jesus dali, seguiram-nO dois cegos, gritando e dizendo: Tem compaixão de nós, Filho de Davi!" Mateus 9:27. - "E eis que uma mulher de Canaã veio daquelas mesmas regiões e clamava perante Ele dizendo: Ó Senhor, Filho de Davi, tem compaixão de mim! Minha filha está horrivelmente endemoninhada." Mateus 15:22. - "E foram para Jericó. Quando Ele saía de Jericó com os Seus discípulos e uma numerosa multidão, o cego Bartimeu, filho de Timeu, estava sentado à beira do caminho mendigando. E, ouvindo que era Jesus de Nazaré, pôs-se a clamar e a dizer: Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim!" Marcos 10:46, 47. - "Então Lhe trouxeram um endemoninhado, cego e mudo; e Ele o curou, passando o mudo a falar e a ver. E toda a multidão se admirava e dizia: Não é este o Filho de Davi?" Mateus 12:22, 23. - "E as multidões, tanto as que O precediam, como as que O seguiam, clamavam dizendo: Hosana ao Filho de Davi! Bendito é Ele que vem em nome do Senhor! Hosana nas maiores alturas!'' Mateus 21:9. Em Seu tempo, e pelas razões acima declaradas, ninguém jamais pensou em desafiar Seu direito ao título de "o Filho de Davi." 9. As próprias características de Sua aparência e a maneira de Sua vestimenta davam eloqüente testemunho de Sua origem judaica. Isso explica por que a mulher samaritana, que falou com Jesus junto ao poço de Jacó, bem sabia que Ele era um judeu. "Como", perguntou a mulher, "sendo tu judeu, pedes de beber a mim que sou mulher samaritana?" João 4:9. 10. Em Lucas 2:21 temos o registro de que, quando Jesus tinha oito dias de idade, Ele foi circuncidado em harmonia com a instrução dada no livro de Moisés. Citamos: - "Completados oito dias para ser circuncidado o menino, deram-Lhe o nome de JESUS Yeshua." 11. Está escrito que quando Ele atingiu a idade do Bar Mitzvah, ou seja, - "Quando Ele atingiu os doze anos, subiram à Jerusalém segundo o costume da lesta." Lucas 2:42. 12. Após Ele iniciar Seu ministério público com a idade de 30 anos, Ele passou a ser conhecido como "Rabbi." Lemos em João 3:2 que Nicodemos, um dirigente dos judeus e um destacado membro do Sinédrio Judaico, dirigiu-se a Ele durante uma entrevista noturna assim: - "Rabi, sabemos que Tu és Mestre vindo da parte de Deus." João 3:2. 13. Alegar que Jesus fosse qualquer outra coisa que não um judeu é contrário à evidência histórica. Sua ascendência judaica não pode ser discutida com êxito e os judeus podem orgulhar-se justificadamente por tal fato. Joseph Klausner, bem conhecido autor judeu, declara: "É, pois, manifesto que Jesus foi um verdadeiro judeu, de família judaica, pois a Galiléia era, no Seu tempo, povoada principalmente por judeus; enquanto que não poderia haver prova mais evidente de Sua origem judaica do que Seu caráter essencialmente judaico e Sua maneira de vida." - Jesus of Nazareth, pág. 233.
Seus Ensinos 14. Eram os ensinamentos propostos por Jesus de caráter judaico? Suas instruções e doutrina estavam em harmonia com os registrados na Bíblia pelos profetas judaicos do passado? Pois, em última análise, a Bíblia, a Palavra do Deus vivo, deve ser o critério, o padrão pelo qual devemos julgar. toda doutrina religiosa. Um genuíno mestre da verdade deve ser guiado pelas Sagradas Escrituras. Caso ele acrescente ou tire algo do Cânon Sagrado, não mais merece a confiança do povo. Somos admoestados na Torah por Moisés, o profeta: 15. - "Nada acrescentareis à palavra que Eu vos ordeno, nem diminuireis dela, para que possais guardar os mandamentos do Senhor vosso Deus, que Eu vos ordeno." Deuteronômio 4:2 (H). 16. O profeta Isaías nos aconselha assim: - "À lei e ao testemunho! Se eles não falarem de acordo com esta palavra, então para esses não haverá a luz da alvorada. Isaías 8:20 (Heb.). 17. Um dos ensinos fundamentais de Moisés é a unidade de Deus ou o monoteísmo, em contraste com o sistema de múltiplos deuses, ou politeísmo, dos pagãos. Nenhuma escritura é, talvez, mais freqüentemente citada pelos judeus do que a "Shema" em Deuteronômio 6:4 (H) que assim reza: - "Ouve, ó Israel: o SENHOR nosso Deus é um SENHOR." 18. Acaso Jesus reafirma esse ensino? No registro histórico está declarado: - "E Jesus lhe respondeu: O primeiro de todos os mandamentos é; Ouve, 6 Israel; o Senhor nosso Deus é um Senhor." Marcos 12:29. ' 19. Acima de qualquer outra verdade, Moisés e os profetas enfatizaram e reenfatizaram a imutabilidade da lei de Deus, contida nos Dez Mandamentos. Como Jesus Se relacionou com a eterna e imutável lei de Deus? Em Mateus 5:17, 18 Ele declara: - "Não penseis que Eu venho para destruir a lei ou os profetas; Eu não venho para destruir, mas para cumprir. Porque em verdade vos digo: Até que o céu e a terra passem, nem um 'i' ou um 'til' jamais passará da lei, até que tudo se cumpra." 20. Note que, de acordo com o ensino de Jesus, nem mesmo um "i" ou "til" da lei jamais pode ser anulado ou ab-rogado. O "i" indubitavelmente se refere ao iode - a menor letra do alfabeto hebraico; enquanto que o "til" é o floreado extra que os escribas acrescentavam a certas letras ao copiarem os Escritos Sagrados. Jesus fez essa declaração a fim de demonstrar ao povo quanto respeito Ele tinha pela lei de Deus, comparada com a tradição. Eis a maneira em que a tradição judaica a considerava: "Três [classes de pessoas] devem ser chamadas negadores da Torah: 1. Aquele que sustenta que a Torah não é de origem divina, ou que pensa que somente um verso ou uma palavra dela foi declarada pelo próprio Moisés (sem a divina inspiração verbal), com isso já negou a integridade da Torah.... 3. Aquele que sustenta ter Deus substituído [ou trocado] uma lei [ou estatuto] por outro.... Cada uma dessas... opiniões deve ser considerada como uma negação da Torah." - Maimonides (Moses ben Maimon), Yad Ha-Hazakah, cap. 3, par. 8, de Hilkoth Teshuvah (da tradução de Bemard S. Jacobson em 1926, págs. 18, 19). 21. Você observará que os rabinos dizem que nenhum mandamento, sim, nem "mesmo um verso ou uma palavra" pode ser eliminada; enquanto que Jesus também ensinou que nem mesmo a menor letra da lei pode, sob quaisquer circunstâncias, ser extraída. Qual dos dois, se poderia dizer, foi mais zeloso, mais ardoroso em ensinar a imutabilidade da lei de Deus? O profeta Isaías, falando dessa fase da obra do Messias, declara: - "O SENHOR está bem satisfeito com o Seu [do Messias] amor à justiça; Ele exaltará a lei e a fará honorável." Isaías 42:21 (H). 22. Como Jesus magnificou a lei e a tornou honorável? Abaixo seguem-se algumas perguntas que são respondidas pelo Novo Testamento, no que concerne aos ensinos de Jesus: 1. P. Observou Jesus o sábado, como era costume e religião do povo judeu de Seu tempo? R. "Ele foi para Nazaré, para onde fora levado; e, segundo era o Seu costume, Ele foi à sinagoga no dia de sábado e levantou-Se para ler.'' Lucas 4:16. 2. P. O que ensinou Jesus a Seus seguidores, com respeito ao sábado? R. "Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no dia de sábado." Mateus 24.20. 3. P. Quem, disse Jesus, teria direito à árvore da vida? R. "Bem-aventurados são aqueles que executam os Seus [de Deus] mandamentos, para que possam ter o direito à árvore da vida, e possam entrar pelas portas da cidade." Apocalipse 22:14. 4. P. O que Jesus respondeu quando Lhe perguntaram: "Bom Mestre, que farei eu de bom, para que eu possa ter a vida eterna?" Mateus 19.16. R. "Se desejas entrar na vida, guarda os mandamentos." Mateus 19.17.
Sua Vida e Seus Milagres de Cura 23. Jesus veio a este mundo a fim de atender à cada necessidade da humanidade. Nenhum edifício em Israel era suficientemente grande para conter as multidões que se reuniam para ouvi-Lo. Sua vida caracterizou-se por constante sacrifício próprio. Ele não possuía um lar próprio. Declarou Ele: - "As raposas têm seus covis e as aves do céu ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça." Mateus 8:20. Conquanto pobre, Ele tornou ricos a muitos. Ele não fazia distinção de nacionalidade, posição ou credo. Para Ele, judeus e gentios, ricos e pobres, estavam unidos numa fraternidade comum e eram iguais perante Deus. Ele não desprezou a nenhum ser humano, como um sem valor. Ajudava a todos quantos estavam em sofrimento e aflição. Ele soerguia os que estavam curvados para o chão e confortava os desesperançados e angustiados. Como uma corrente vital, Ele difundia vida e alegria aonde quer que fosse. Nenhum clamor de uma alma em necessidade ficava sem atenção. 24. Pense na mulher judia que tinha um corrimento de sangue por doze anos e que foi curada no mesmo instante em que ela tocou a veste de Jesus! Marcos 5:25-29. Depois pense no homem nascido cego, cuja visão foi restaurada por Jesus! João capítulo 9. Pense também no leproso que Jesus curou instantânea e milagrosamente. Mateus 8:2, 3. E que diremos do homem cego e mudo, que estava possuído por um demônio, a quem Jesus curou "passando o [homem] mudo a falar e a ver." Mateus 12:22. É de admirar que o povo judeu daquele tempo amasse seu grande Benfeitor e Médico? Dia após dia Ele labutava, ensinando o ignorante, curando o enfermo, dando visão ao cego. Nenhum que Lhe buscasse desejando auxílio era desconsiderado. Mães judias, com seus bebês doentes e moribundos, apertavam-se em meio a multidões para chegar ao alcance de Sua vista. A Seu toque a enfermidade desaparecia. Para todos, igualmente, Jesus concedia Seu poder vitalizante, e todos davam louvor e honra Àquele que realizava tantas coisas maravilhosas e grandiosas para eles. Por que não O iriam amar e adorar? 25. Espias foram mandados para seguir Seus passos, para ouvir Suas palavras pelas quais encontrassem algum motivo contra Ele, mas eles próprios tiveram de confessar: - "Jamais alguém falou como este homem." João 7:46. Eles ficaram encantados e seus corações endurecidos derreteram-se ao ouvirem Suas palavras plenas de verdade e tão repletas do amor e compaixão celestiais. O testemunho deles era, certamente, verdadeiro. E a razão pela qual Jesus falava como nenhum outro homem jamais falou era porque Ele viveu como nenhum outro homem jamais viveu.
Sua Morte 26. É igualmente verdade que Ele morreu como nenhum outro homem jamais morreu. Suportou, sem um murmúrio, as sangrentas chicotadas dos soldados romanos; silenciosamente, Ele suportou a infamante zombaria de homens ímpios e finalmente desmaiou, de pura exaustão, enquanto carregava a cruz romana ao local da execução. Nenhuma queixa procedeu de Seus lábios enquanto os soldados romanos atravessavam sua tenra carne com os cravos. Em lugar disso, pronunciou esta oração, em favor de Seus inimigos: - "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." Lucas 23:34. 27. Mesmo Seus últimos momentos de agonia foram repletos de atos de benevolência. Quando o moribundo ladrão penitente dirigiu-se a Jesus suspenso sobre a cruz, com o sangue fluindo de Sua cabeça, Suas mãos e pés, ele suplicou: - "Senhor, lembra-te de mim quando vieres no Teu reino." Lucas 23:42. Logo veio a resposta, tão cheia de segurança, compaixão e amor: - "Tu estarás comigo no paraíso." Lucas 23:43 (Gr.). 28. Jesus também lembrou-Se de Sua mãe viúva, na hora da morte. Olhando em direção à sua face tomada pela dor, e então para João, um de Seus mais fiéis e dedicados discípulos, Ele disse: "Mulher, eis aí o teu filho." A seguir, disse a João: "Eis ai tua mãe." João 19:26, 27. João compreendeu as palavras de Jesus, aceitou a sagrada incumbência, e a partir daquela hora levou-a para casa e cuidou dela ternamente pelo resto de sua vida. Que submissão e resignação foram as Suas, quando em Seus últimos momentos Ele proferiu estas palavras: - "Pai, em Tuas mãos Eu entrego o Meu espírito!" Lucas 23:46. 29. Um destacado historiador judaico disse a respeito da morte de Jesus: "Ele foi o único homem nascido, de quem pode ser dito, sem exagero, que conseguiu mais em sua morte do que em sua vida; o Gólgota tornou-se outro Sinai para o mundo histórico." - Heinrich Graetz, History of the Jews, vol. 2. pág. 91 (Hebrew Publishing Co., New York City: 1919).
Testemunhos de Líderes Judeus a Respeito de Jesus 30. Enumerar todas as declarações elogiosas sobre Jesus, feitas por judeus destacados, encheria muitos volumes. Precisamos, portanto, limitar-nos a somente uns poucos testemunhos: O Dr. David Philipson, Rabino do Mound Street Temple em Cincinnati, Ohio, e catedrático no Hebrew Union College, disse em 1899: "Não há negligência nem hesitação de parte do moderno pensamento judaico em reconhecer a grandeza do mestre de Nazaré, a doçura de seu caráter, o poder de seu gênio." - Citado por George Croly, Tarry Thou Till I Come, pág. 566 (Grossett and Dunlap, New York City: 1902). O Dr. Max (Simon) Nordau, destacado literato e filósofo judeu na Europa, e associado de Theodore Herzl na liderança do movimento sionista, declarou: "Jesus é nossa alma, e ele é carne de nossa carne. Quem, pois, poderia pensar em excluí-Lo do povo de Israel? ... Toda vez que um judeu recorria às fontes e contemplava a Cristo sozinho, sem sua pretensa fidelidade, ele exclamava com ternura e admiração: 'Pondo de lado a missão Messiânica, esse homem é nosso. Ele honra a nossa raça e nós o reivindicamos como reivindicamos os Evangelhos - flores da literatura judaica e somente judaica."' - Criado por George Croly, Ibid., pág. 559. O Dr. Kaufmann Kohler, famoso Rabino do Templo Beth-EI em Nova Iorque e presidente do Hebrew Union College, a quem o Dr. Isidor Singer, fundador e editor da The Jewish Encyclopedia, chamou de "o maior teólogo judeu vivo da América," declarou: "Jesus, o homem vivente, foi o ensinador e praticante do mais terno amor por Deus e pelo homem, o paradigma da piedade, humildade e altruísmo; ... Ele foi um dos melhores e mais verdadeiros filhos da Sinagoga. Não declarou Ele; 'Não vim para destruir a lei, mas para cumpri-Ia'? "Ele nada tinha da rigidez do escolástico, nada do orgulho do filósofo e eremita, nem mesmo o zelo implacável do antigo profeta, para excitar a ira popular; Ele veio somente para chorar com os sofredores, animar o abatido, salvar e curar." - Conf. citado por Isidor Singer, A Religion of Truth, Justice and Peace, pág. 117 (The Amos Society, New York City: 1924). O Dr. Joseph Klausner também declarou: "Como um verdadeiro judeu, Jesus considera as orações dos pagãos como 'vãs repetições', 'palavreado'. Portanto, ele compôs esta breve oração: 'Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o Teu nome; venha o Teu reino, faça-se a Tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.... E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores. E não nos deixes cair em tentação, mas livrar-nos do mal! [Mateus 6:9-12]. "É uma oração impressionante, universal em seu apelo, ardente, concisa e plena de devoção. Cada cláusula isolada dela, contudo, pode ser encontrada em orações judaicas e declarações do Talmude." - Jesus of Nazareth, págs. 386, 387. 31. Em sua conferência, "O Evangelho como um Documento Histórico," o Dr. Leo Baeck, um dos eruditos mais destacados do judaísmo moderno, ofereceu-nos este retrato de Jesus: "No velho Evangelho que é assim aberto perante nós, encontramos um homem de características nobres, que viveu na terra dos judeus, em épocas tensas e agitadas, e ajudou e trabalhou e sofreu e morreu: um homem do povo judaico que caminhou em caminhos judaicos, com fé e esperança judaicas. Seu espírito se sentia à vontade nas Sagradas Escrituras e sua imaginação e pensamento eram ali ancorados; e Ele proclamava e ensinava a Palavra de Deus porque Deus a havia dado a Ele para ouvir e pregar. Somos confrontados por um homem que atraiu seus discípulos dentre seu povo; homens que estavam procurando pelo Messias, o filho de Davi, que havia sido prometido; ... Nesta velha tradição, contemplamos um homem que e judeu em cada aspecto e traço de seu caráter, manifestando em cada particular o que é puro e bom no judaísmo. Esse homem só poderia ter desenvolvido aquilo que chegou a ser, no solo do judaísmo; e somente nesse solo, também, ele poderia encontrar seus discípulos e seguidores, tal como eles o eram. Aqui somente, nesta esfera judaica, nesta atmosfera judaica de confiança e anseio, poderia esse homem viver sua vida e encontrar sua morte - um judeu entre judeus. A história judaica e a reflexão judaica não podem desconsiderá-lo ou ignorá-lo. Desde que ele existiu, nenhum tempo tem existido sem ele, nem tem havido um tempo que não tenha sido desafiado pela época que o consideraria como o seu ponto de início. "Quando esta velha tradição nos confronta desta maneira, então o Evangelho, que foi originalmente algo judaico, torna-se um livro - e certamente não uma obra menos importante - dentro da literatura judaica. Isto não é porque, ou não somente porque, contém sentenças que também aparecem na mesma ou semelhante forma nas obras judaicas daquele tempo. Nem é tal - na verdade, é até menos - porque o Hebraico ou Aramaico surge aqui e ali, entre as construções verbais e formação de sentenças da tradução grega. Antes, é um livro judaico porque - por todos os meios e inteiramente por isso - a pura atmosfera de que está repleto e que transpira é aquela das Santas Escrituras; porque um espírito judaico, e nenhum outro, vive nele; porque a fé judaica e a esperança judaica, o sofrimento judaico e a angústia judaica, o conhecimento judaico e as expectativas judaicas, e estas somente, ressoam através dele - um livro judaico no meio dos livros judaicos. O judaísmo não pode passá-lo por alto, nem confundi-lo, nem desejar renunciar a todas as suas alegações. Pois também aqui o judaísmo deveria compreender e tomar nota daquilo que lhe pertence." - Judaism and Christianity, págs. 100-102 (The World Publishing Company, Cleveland: 1961). 32. Qual deveria ser a nossa relação, como judeus, para com Jesus? Não é suficiente concordar com que Ele era judeu e que Seus ensinos estão de acordo com os de nossos profetas. À luz da nobreza sem paralelo e retidão de Seu caráter, é nosso dever obrigatório e nosso privilégio concedido por Deus, investigar sobre Jesus. Deixemos, pois, de lado todas as idéias preconcebidas e afastemos todos os preconceitos. Jesus nasceu, viveu e morreu como um judeu. Ele é um de nossos irmãos judeus.
INSTITUTO DA HERANÇA JUDAICA Caixa Postal: 60836 - AG. C. Limpo CEP 05788-360 / São Paulo - SP
|
|||