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1. MUITAS pessoas perguntam freqüentemente - "Por que é necessário um Messias? Por que falamos acerca da vinda do Messias? Se Ele viesse, que vantagem representaria? Qual é o propósito de Sua vinda?" Tais perguntas são apresentadas por céticos, e também por pessoas religiosas devido a seu desejo sincero de saber a resposta. 2. Quase 3.500 anos se passaram desde que o povo de Israel se tornou primeiramente uma nação. Durante esses muitos séculos, devotos judeus geralmente acariciavam a promessa divina da vinda do Messias. A razão de a encontrarmos ensinada nos Targums, Talmude, Midrashim e nos Livros de Oração é que está também declarada nas Sagradas Escrituras por Moisés e os profetas. Hoje, neste tempo de amplo desrespeito pela lei e a ordem, prevalece muito ceticismo mesmo entre nosso povo judeu com respeito a essa promessa messiânica da Palavra de Deus. Não admira, pois, que as pessoas perguntem com freqüência, "Por que um Messias é necessário?"
Messias, o Filho de Davi 3. Os mestres hebreus que prepararam o Livro de Oração original em tempos passados registraram algumas impressionantes expressões de esperança pela vinda do Messias. '' Faze com que rapidamente floresça a descendência de Teu servo Davi, e seja a sua glória exaltada por Teu auxílio, pois esperamos por Tua libertação todo o dia." - Daily Prayer Book, pp. 90, 206 (Tradução inglesa por Philip Birnbaum e publicada pela Hebrew Publishing Co., New York City: 1949). 4. Outra expressão semelhante de desejo pelo advento do Messias é assim declarada no Yigdal: "Ao tempo do fim Ele enviará nosso Messias para salvar a todos que aguardam por sua ajuda final. Deus, em Sua grande misericórdia, reviverá os mortos; bendito seja Seu nome para sempre." - Id., p. 14. Quão maravilhoso seria se todo nosso povo judeu cresse na vinda do Messias e sobre ela falasse tão ansiosamente quanto o faziam os escritores originais dessas passagens no Livro de Oração! 5. Eis aqui ainda outra expressão do anseio pela vinda do Messias: "Seja Tua vontade, Senhor nosso Deus e Deus de nossos pais, que mantenhamos tuas leis neste mundo, e assim sejamos dignos de viver para ver e compartilhar a felicidade e bênção dos dias messiânicos e do mundo vindouro." - Id., pp. 134, 540. Essa declaração estabelece a antiga doutrina bíblica de que o Messias há de vir e de que Ele recompensará os fiéis com a vida eterna, felicidade e bênção no mundo vindouro. 6. "Os treze Artigos de Fé formulados segundo Maimônides em seu Comentário do Mishnah ao Sinédrio, introdução ao cap. IX - que havia sido aceito pela grande maioria dos judeus e se acham no velho livro de oração" apresenta isto como sendo o décimo-segundo: "Eu creio firmemente na vinda do Messias; e conquanto Ele possa demorar, espero diariamente pela Sua vinda." - The Jewish Encyclopaedia, vol. 2, p. 151, art. "Articles of Faith". Essa afirmação de fé na doutrina bíblica da vinda do Messias é, pois, claramente enunciada em muitos livros de oração.
O Messias Traz Salvação 7. Os mestres de nosso povo hebreu ao longo dos séculos creram na vinda literal do Messias. No The Authorized Prayer Book, edição revisada, pelo Dr. Joseph Hertz, ex-Rabino chefe do Império Britânico, é-nos dito: "A salvação do israelita individual está indissoluvelmente ligada com a salvação de Israel; e mediante Israel, com o triunfo dos justos na vinda do Reino Messiânico. ... "Para a esmagadora maioria da Casa de Israel em cada geração, a esperança messiânica têm significado a crença na vinda do Messias (lit. 'o Ungido') - uma exaltada Personalidade, sobre quem repousará o espírito do Senhor.''- Pág. 254 (Bloch Publ. Co., New York City: 1948).
O Messias Salvará Seu Povo 8. A declaração seguinte do Talmude mostra o que um destacado rabino de muito tempo atrás cria com respeito ao Messias: "O rabino Johanan declarou: quando virdes uma geração se extinguindo, esperai por ele [o Messias], como está escrito: E o aflito tu salvarás. . . R. Johanan declarou: Quando virdes uma geração esmagada por muitas angústias, esperai-O [o Messias], como está escrito, Quando o inimigo vier como um dilúvio, o Espírito do Senhor erguerá um estandarte contra ele, que é seguido por, E o Redentor virá a Sião [Isaías 59:19, 20]." - Sanhedrin, 98a (vol. 2, p. 663, da edição Soncino de 1935). 9. Assim, é muito certo que nossos pais judeus enfatizaram todos sua crença na vinda do Messias para salvar Seu povo. Eles sabiam que o Messias seria uma grande personalidade e que Ele viria para derrotar as forças do mal e reger o mundo com um cetro de justiça. - "No principio criou Deus os céus e a Terra." "E viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom." Gênesis 1:1, 31. Como criou Deus este mundo? Ele o criou muito bom. "Deus fez o homem reto. - Eclesiastes 7:29. Não havia pecado no Universo até a rebelião de Lúcifer. Ele foi expulso para a Terra com os anjos malignos que se haviam a ele associado. Assim, neste mundo percebemos que Satanás com seus exércitos estava pronto para levar o homem ao pecado. 10.' Tendo-se rebaixado ao ponto de tornar-se o demônio chamado Satanás, Lúcifer tentou a Eva no Jardim do Éden, e sobre essa tentação, lemos na Toráh: - "Ora. a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda arvore do jardim? Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. "Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu." Gênesis 3:1-6.
A Serpente Faz-Se Médium de Satanás 11. A serpente foi originalmente uma criatura impressionante. A Biblia diz que era mais sutil do que qualquer das outras criaturas do reino animal que Deus havia criado. Satanás escolheu essa criatura como seu médium mediante o qual enganaria a Eva. Ele esperou até que ela estivesse só. Quando ela estava andando pelo jardim e veio até a árvore do conhecimento do bem e do mal, lá estava a serpente na árvore. Nessa ocasião não parecia uma serpente como hoje pois não se achava sob a maldição divina, e só depois disso é que ela passou a arrastar-se sobre o ventre. Ao Eva passar pela árvore do conhecimento do bem e do mal, ouviu uma voz e olhou para cima, vendo a serpente. Esta falou-lhe e disse: "É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?' Note a resposta de Eva: - "Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais." Versos 2, 3. 12. De acordo com Gênesis 2:17, o Senhor havia dito a Adão e Eva: "Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comereis; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás." A última parte dessa passagem em hebraico reza literalmente: "Porque naquele-(o)-dia-de-teu-comer - dela-morrendo - tu morrerás." No Midrash Rabbah, sobre Gênesis, cap. 16, seç. 6 (vol. 1, p. 131), encontramos o comentário de que "[isto ocasionou] morte para Adão e Eva, e morte para seus descendentes." Rodapé editorial nº 5 sobre a mesma página, destaca: "Isso é deduzido pela duplicação do verbo, que - é costumeiramente entendido como uma extensão." O que significa isto? Não significa que eles morreriam imediatamente após comerem do fruto proibido, mas que uma gradual deterioração das forças vitais promoveria o processo de envelhecimento. Até que pecaram por desobedecer a Deus, Adão e Eva tinham livre acesso à árvore da vida e seu fruto, que era um antídoto contra a doença e a morte. Assim, podiam desfrutar de um perpétuo vigor de juventude e eterna saúde. Mas quando falharam no teste de lealdade a Deus, foram expulsos de seu lar edênico, e querubins, com uma espada flamejante que girava em todas as direções, guardavam todos os acessos para a árvore da vida. Isto foi feito por uma ordem direta de Deus, para que "não suceda que estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente." Gênesis 3:22-24 Por esse meio o Senhor tornou impossível que o homem vivesse para sempre em sua condição pecaminosa e fosse um perpétuo agente do mal. Assim, por sua recusa em obedecer à lei moral de Deus, dada para a preservação e perpetuação do bem-estar da raça humana, o homem perdeu o direito da vida eterna. A morte, tanto como conseqüência natural do pecado e penalidade final para a persistente impenitência, é certa. Agora, a pergunta de importância primária é: Qual é o remédio para o pecado? Como pode o homem readquirir a herança infinita que foi sua quando da criação, tendo sido perdida devido ao pecado? É aí onde o papel do Messias constitui uma parte essencial da intervenção de Deus para salvar o homem de sua perdida condição. De seu estudo das Sagradas Escrituras nossos devotos mestres em eras passadas compreendiam, mais do que muitos de nós imaginam, o significado da vinda do prometido Messias. Estamos vivendo, segundo a profecia Bíblica, no tempo do fim - o período que precede o advento do Messias para reinar em glória sobre a Terra. Mais cedo do que muitos pensam, Ele virá. Contudo, antes do Paraíso perdido poder ser recuperado, temos que fazer nossa parte para preparar-nos a fim de ter uma parte no reino do Messias. A fim de fazê-lo, precisamos compreender qual deveria ser nosso apropriado relacionamento com ele e com Deus. Com respeito ao tempo do aparecimento do Messias, o Senhor declarou: - "Naquele dia, diz o Senhor, congregarei a que coxeava, e recolherei a que tinha sido expulsa, e a que eu afligi. E da que coxeava farei um resto, e da que tinha sido arrojada para longe, uma nação poderosa; e o Senhor reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre." Miquéias 4: 6, 7. Agora, você poderá dizer, "Eu quero ser um cidadão desse reino eterno do mundo vindouro." Muito bem! Ao estudar o resto desta lição, compreenderá o que Deus requer de nós a fim de que possamos ser cidadãos desse reino eterno. 13. Sabemos pelo estudo da Torah, bem como pelo restante das Sagradas Escrituras, que a violação da grande lei moral de Deus - os Dez Mandamentos - é pecado, desobediência a Deus. Esta é a razão por que no Dia da Expiação o sangue do bode do Senhor, como relatado em Levítico 16, era derramado para fazer expiação pelos pecados de Israel. Aquele sangue era levado pelo sumo sacerdote para dentro do santo dos santos no Santuário (Templo) e ali aspergido sete vezes perante a arca da aliança. Por que? Em vista de que dentro daquela arca estavam guardados os Dez Mandamentos, gravados pelo dedo do próprio Deus em duas tábuas de pedra - a própria lei que o povo havia transgredido. Assim, pecado é a transgressão da lei de Deus. Por que foi necessária uma expiação? Porque a morte é a penalidade a que o pecador se submete ao transgredir a santa lei de Deus. Temos visto que esta foi a penalidade atribuída a Adão e Eva quando pecaram. É a penalidade que toda pessoa receberá quando transgride a lei de Deus. "A alma que pecar, essa morrerá." Ezequiel 18.' 4, 20. Isso significa que todos os homens estão sob a penalidade de morte, "porque não há homem que não peque". I Reis 8:46; II Crônicas 6:36. "Pois não há homem justo sobre a Terra, que faça o bem, e nunca peque." Eclesiastes 7:20. Mas temos um Deus que é grande em amor e misericórdia para com Seus errantes filhos. A Moisés, sobre o Monte Sinai, o Senhor proclamou: - "Senhor, Senhor, Deus misericordioso e compassivo, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; que usa de beneficência com milhares; que perdoa a iniqüidade, a transgressão e o pecado; que de maneira alguma terá por inocente o culpado," etc. Êxodo 34:6, 7. Essa declaração registrada na Toráh mostra que Deus, em Seu amor e misericórdia, proveu uma maneira pela qual pode perdoar o pecador e ainda ser justo ao fazê-lo. Moisés recebeu de Deus uma detalhada ilustração do plano de salvação divinamente determinado para a salvação do pecador arrependido. Consideraremos tal plano nos parágrafos seguintes. 14. Quando Adão e Eva pecaram, acharam-se imediatamente nus, privados da vestimenta gloriosa com que estavam revestidos em sua original inocência e santidade. Após chamar o par culpado às contas por sua má ação, prometendo que no futuro a semente da mulher haveria de aplicar um golpe mortal no adversário a cujo domínio se submeteram, "o Senhor Deus fez túnicas de peles para Adão e sua mulher, e os vestiu." Gênesis 3:21. Esta primeira menção a "peles" na Bíblia indica que alguns animais foram mortos a fim de proverem uma cobertura para ocultar a nudez e vergonha dos primeiros transgressores humanos da lei de Deus. Posteriormente Caim e Abel, os primeiros dois filhos de Adão e Eva, vieram para adorar perante o Senhor. "Trouxe Caim do fruto da terra uma oferta ao Senhor. Abel também trouxe das primícias das suas ovelhas, e da sua gordura. Ora, atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta, mas para Caim e para a sua oferta não atentou." - Gênesis 4:3-5. A oferta de Caim foi rejeitada, enquanto a de Abel foi aceita. Por quê? O que todos esses antigos rituais de sacrifício de animais representavam? Encontramo-los sendo observados por Noé, Abraão, Isaque, Jacó e Jó, e posteriormente, numa escala mais ampla e elaborada, por Israel. Qual era o propósito disso? Eis a explicação: 15. Como declarado acima, a penalidade pelo pecado é a morte. Por transgredir a lei de Deus, o homem perde seu direito à vida. Os antigos rituais de sacrifícios serviam como uma ilustração para tornar conhecido o plano divino de salvação para o pecador arrependido, livrando-o da penalidade e poder do pecado. Em razão de ser a morte a penalidade pelo pecado, a vida do pecador deve ser dele requerida para cumprir os requisitos da divina justiça. Daí porque a morte do bode ou cordeiro trazido e oferecido como uma oferta pelo pecado ilustrava a expiação feita pela redentora provisão de Deus para a salvação de todo pecador verdadeiramente arrependido. Com respeito à expiação, é-nos dito: "Tem relação com a expiação, i. e. equivalente à penalidade plena da ofensa, e satisfação, i. e. concedendo um integral equivalente legal para o erro cometido." - The Universal Jewish Encyclopaedia, vol. 1, p. 601, art. "Atonement". Mas como poderia a morte de um bode ou um cordeiro e a aspersão de seu sangue perante a violada lei de Deus prover-Lhe um "pleno equivalente legal para o erro cometido''? Um destacado e sábio rabino disse: "É difícil demais para nós compreender como a aspersão do sangue e a fumaça de animais queimando poderiam influenciara vontade de Deus. .. . Mesmo mais difícil compreender é como as ofertas queimadas possuíam poder automático para expiação." Em vista de ser a morte a penalidade para o pecado, o Senhor disse, com respeito aos sacrifícios animais que "a vida da carne está no sangue; pelo que vo-lo tenho dado sobre o altar, para fazer expiação pelas vossas almas; porquanto é o sangue que faz expiação, em virtude da vida." Levítico 17:11. Sábios dos tempos talmúdicos de muito tempo atrás reconheciam este fato: "Certamente expiação pode ser feita somente com o sangue, como se diz, Pois é o sangue que faz expiação, em virtude da vida." - Zebahim 6a (pp. 24, 25). Ademais, nas antigas lições ilustrativas do sistema de sacrifícios animais, o derramamento do sangue do animal era simbólico. "O sacrifício limpa somente mediante o sangue que é aspergido, o sangue simbolizando a vida daquele que sacrifica, que, a não ser pela substituição da vítima, teria de submeter-se em expiação do pecado (Zeb. 6a)." - The Jewish Encyclopaedia, vol. 10, p. 625, art. ''Sacrifice."
Porque a Oferta de Caim Foi Inaceitável 16. A estas alturas deveria ser claro que a oferta de Caim do fruto da terra era inaceitável a Deus. Poderia servir como uma oferta de gratidão, mas não como uma oferta pelo pecado, para expiação de seus pecados. Não houve derramamento substituinte de sangue, nenhum sacrifício vicário da vida de um animal na oferta de Caim. Mas houve isso tudo no de Abel, e por esta razão foi aceitável ao Senhor. Em seu ódio contra seu irmão, o justo Abel, Caim acrescentou ao seu pecado de desobediência (Gênesis 4:7) o assassínio de seu próprio irmão (versos 8-11). Acaso lhe parece bizarro o requisito de Deus quanto aos sacrifícios animais para a expiação do pecado, que constituía uma parte muito importante do ritual dos serviços do Santuário (Templo) em Israel? Apresenta-se-lhe misterioso e enigmático? Poderia um homem culpado de ter roubado e matado outra pessoa arrepender-se disso mais tarde e satisfatoriamente resolver o caso com o Juiz de toda a Terra por confessar sua culpa e oferecer-Lhe o cadáver de um cabrito ou cordeiro? Iria uma moderna corte de justiça perdoar e libertar um criminoso confesso em troca de um corpo morto de um animal doméstico de tão pequeno valor de mercado? É aqui onde um dos papéis do Messias é desempenhado no plano de redenção do pecado, instituído por Deus em benefício do homem.
O Verdadeiro Conceito Judaico 17. Este conceito judaico de expiação vicária, ou substituinte, não é novo. "0 emprego de sangue em sacrifícios parece seguir um princípio de que o sangue do animal e um substituto para as vidas daqueles que fazem o sacrifício. "Vo-lo tenho dado sobre o altar (o sangue), para fazer expiação pelas vossas almas, porquanto é o sangue que faz expiação, em virtude da vida' (Lev. 17:11). Não fosse pelo derramar ou aspergir do sangue animal, os antigos hebreus criam que eles próprios teriam que ser mortos. Assim, o sangue de um cordeiro foi aplicado aos umbrais da porta durante a praga da morte dos primogênitos a fim de proteger os habitantes da casa contra a morte (Êxo. 12:22)." - The Universal Jewish Encyclopedia, vol. 2, p. 406, art. "Blood." "Em cada sacrifício ocorre a idéia de substituição; a vitima toma o lugar do pecador humano. A imposição de mãos sobre a cabeça da vítima é um rito ordinário pelo qual a substituição e transferência dos pecados é realizada. . .. A aspersão do sangue é essencial para todas as ofertas do pecado. Por mergulhar o dedo no sangue da vitima e aplicá-lo a um objeto sagrado como o altar, o sacerdote pré-estabelece a união entre o povo que ele representa e a Divindade." - The Jewish Encyclopedia., vol. 2, p. 286, art. "Atonement." - "Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, nem por ele dar um resgate a Deus, (pois a redenção da sua vida é caríssima, de sorte que os seus recursos não dariam). Salmo 49:7, 8. Não, nem mesmo os mais caros laços de família podem prover um resgate para a alma do pecador. Por quê? - "A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai levará a iniqüidade do filho." Ezequiel 18: 20. Isto é, nem mesmo nosso parente mais próximo, conquanto desejoso seja de salvar-nos, pode servir-nos como portador dos pecados. 18. Mas o Deus de Israel proveu um Redentor para nós e prometeu há muito, muito tempo que Ele haveria de vir: - "E virá um Redentor a Sião e aos que em Jacó se desviarem da transgressão, diz o Senhor." Isaías 59:20. Note-se que o prometido Redentor deveria vir a Sião - ao povo de Israel; mas não para todos em Israel - somente àqueles que se desviaram da transgressão. Anteriormente nesta lição mostramos que no Talmude foi ensinado que esta profecia em ]saias de que viria um Redentor a Sião deveria ser cumprida na vinda do Messias. Numa lição posterior consideraremos o modo de Ele resgatar o penitente que volvesse da transgressão em Israel. Mas agora notaremos que os resultados finais de Sua obra redentora será em benefício daquelas almas verdadeiramente arrependidas. Eis aqui os resultados prometidos de nossa redenção por Ele: - 19. "Eu os resgatarei do poder da sepultura, Eu os remirei da morte." Oséias 13:14 (H). Pouco depois dessa garantia ter sido dada: - "Os teus mortos viverão, os seus corpos ressuscitarão; despertai e exultai vós que habitais no pá; porque o teu orvalho é orvalho de luz, e sobre a terra das sombras fá-los-ás cair. . . . Pois eis que o Senhor está saindo do Seu lugar para castigar os moradores da terra por causa da sua iniqüidade." (saias 26:19, 21. Muito antes dessa promessa ter sido escrita, o salmista declarou, em louvor a Deus: "Quando a mim, em retidão contemplarei a Tua face, eu me satisfarei com a Tua semelhança quando acordar.'' Salmo 17.15. No princípio "Deus criou o homem à Sua própria imagem, na imagem de Deus Ele o criou.'' Gênesis 1:27 (H). "À semelhança de Deus Ele o fez." Gênesis 5:1 (H). Assim, no grande dia da ressurreição quando do advento do Messias para reinar sobre Seu povo, todos os remidos serão restaurados - recriados pelo milagre da ressurreição dos mortos - à semelhança de seu Criador. Jó, aquele fiel servo de Deus de cerca de 37 séculos no passado, em sua grande aflição física declarou sua fé na vinda do prometido Redentor: - ''Pois eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida esta minha pele, mas em minha própria carne verei a Deus; a quem eu verei por mim mesmo, e meus olhos contemplarão, não outros; ainda que meu coração desfaleça." Já 19:25-27 (H). 20. Assim, a doutrina da ressurreição dos mortos no último dia é bíblica. Terá lugar quando o Messias vier para a libertação final de Seu povo. Essa bendita esperança tem sido acariciada até o fim da vida por muitos fiéis israelitas que agora dormem no pó da terra. Isto é ensinado em Ezequiel 37:1-14 e em Daniel 12:1-3. 21. Sim, o Messias virá para dois propósitos: (1) recompensar o povo justo e santo livrando-o para a eternidade; e (2) punir os ímpios, pondo-os à morte. Após isso não haverá mais pecado. No mundo vindouro não mais haverá pecado ou pecadores, porque todos os pecadores terão sido destruídos. Não mais haverá Satanás e seus anjos iníqüos e seguidores para nos tentarem, pois eles, também, serão destruídos naquele fogo que Deus trará sobre a terra para destruir para sempre pecado e pecadores. Assim o mal nunca se erguerá novamente. - "Pois eis que o Senhor virá com fogo, e os Seus carros serão como o torvelinho, para retribuir a Sua ira com furor, e a Sua repreensão com chamas de fogo. Porque com fogo e com a Sua espada entrará o Senhor em juízo com toda a carne; e os que forem mortos pelo Senhor serão muitos." Isaías 66:15, 16. 0 que temos de fazer para estar prontos para o encontro com o Messias devemos fazê-lo rapidamente. 22. Lemos na Bíblia que Deus deverá pôr um fim a todo o pecado: - "Que é o que projetais vós contra o Senhor? Ele destruirá de vez; não se levantará por duas vezes a angústia." Naum 1:9. Deus dará um fim cabal ao pecado e este não se levantará uma segunda vez. 23. Em Ezequiel 18:30-32 lemos estas palavras: - "Portanto, Eu vos julgarei, a cada um conforme os seus caminhos, o casa de Israel, diz o Senhor Deus. Vinde, e convertei-vos de todas as vossas transgressões, para que a iniqüidade não vos leve à perdição. Lançai de vós todas as vossas transgressões que cometestes contra Mim; e criai em vós um coração novo e um espírito novo; pois, por que morrereis, ó casa de Israel? Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus; convertei-vos, pois, e vivei." Aqui encontramos que o Senhor irá julgar o povo, e Ele nos pede que nos arrependamos e nos desviemos de nossas transgressões, de modo que a iniqüidade - o pecado - não seja a nossa ruína. Ele pleiteia conosco para lançarmos fora nossos pecados, e então acrescenta: "pois, por que morrereis, ó casa de Israel? Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus." Por Deus não ter prazer na morte de ninguém é que o Messias será enviado - a fim de salvar homens da morte eterna. Deus deseja salvá-los da morte para a vida eterna. É por isto que Ele diz: "Convertei-vos, pois, e vivei." Apartai-vos do pecado, tornai-vos para a justiça e vivei para a eternidade. 24. Agora, observe a recompensa para os remidos encontrada em Isaías 65:17, 19 e 25: - "Pois eis que Eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembranças das coisas passadas, nem mais se recordarão. Mas alegrai-vos e regozijai-vos perpetuamente no que Eu crio; porque crio para Jerusalém motivo de exultação e para o seu povo motivo de gozo. E exultarei em Jerusalém, e folgarei no Meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro nem voz de clamor.... O lobo e o cordeiro juntos se apascentarão, o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o Meu santo monte, diz o Senhor." Esta é a recompensa do povo santo e justo. 25. Temos também esta preciosa promessa: - "Pois; como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, durarão diante de Mim, diz o Senhor, assim durará a vossa posteridade e o vosso nome. E acontecerá que desde uma lua nova até a outra, e desde um sábado até o outro virá toda carne a adorar perante Mim, diz o Senhor." Isaías 66:22, 23.
INSTITUTO DA HERANÇA JUDAICA Caixa Postal: 60836 - AG. C. Limpo CEP 05788-360 / São Paulo - SP
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