Monte Sinai

Grupos de Estudos Leigos

SERMÃO - IV

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.  Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Marcos 16:15-16

 

PORQUE O JUÍZO AINDA NÃO TERMINOU?

 

Introdução:

1.     Nosso primeiro dia no céu será cheio de surpresas. Ao sermos apresentados uns aos outros, durantes as bodas do Cordeiro, notaremos que não se acham presentes muitas pessoas que tínhamos certeza de encontrar lá. Inclusive alguns pastores.

2.     Por outro lado, será difícil esconder o espanto ao vermos que alguns indivíduos, que pelas nossas contas jamais deveriam estar ali, estão. Como então explicar a ausência de alguns “santos” e a presença de certos “pecadores” no mar de vidro?

a)    Uma dessas pessoas espantadas é o profeta Isaías. Ele acaba de descobrir que o rei Manassés, filho do rei Ezequias, está entre os salvos.

(1)            Manassés, como sabemos, foi um rei ímpio, que erigiu altares para praticara a idolatria;

(2)            Sacrificou seus próprios filhos;

(3)            Perseguiu aos que eram fies ao verdadeiro Deus;

(4)            Segundo a tradição, mandou serrar ao meio o profeta Isaías.

·         Isaías só poderia estar espantado com a presença de Manasses entre os salvos.

·         Como teria acontecido isso?

·         Não teria havido algum engano?

 

b)    Estevão o primeiro mártir, que não esconde a sua admiração. Não muito longe dali, assentado à mesa, está alguém que ele já vira antes. Com um pequeno esforço de memória ele se lembra de que pouco antes de morrer vira um jovem segurando as capas daqueles que o apedrejavam. Sim, é ele mesmo! Saulo, o feroz perseguidor dos cristãos! “Como será que ele chegou aqui?”, pergunta-se Estevão. 

3.     Como Isaías e Estevão, há outros remidos que também gostariam de esclarecer algumas dúvidas. Há uma porção de pessoas ausentes, e elas gostariam de saber porque elas não estão lá, já que freqüentavam regularmente as reuniões da igreja, inclusive os cultos de quarta-feira, participava ativamente dos Grupos de Estudos Leigos, davam os dízimos fielmente, faziam muitas obras de caridade e tinham uma aparência de piedade. O que aconteceu com tais pessoas?

4.     É por causa dessas e outras perguntas que é necessário o Juízo Investigativo anterior ao advento de Cristo. Chamado também de “juízo pré-advento”.

a)    Todas as dúvidas serão sanadas ao abrirmos os livros de registro e verificarmos que Deus foi absolutamente justo em cada caso.

5.     Segundo as profecias bíblicas, o Juízo Investigativo começou no santuário celestial, no final do período das 2.300 tardes e manhãs, ou seja, no dia 22 de outubro de 1844.

a)    Isso significa que o juízo está em pleno andamento agora. 

 

I ABREM-SE OS REGISTROS CELESTIAIS

 

A.     AS FAZES DO JUÍZO

 

1. O Juízo Investigativo, ou Juízo pré-advento, é a primeira fase do juízo final.

2. A segunda fase é a revisão do julgamento dos maus, e é chamada de juízo milenial, porque como o nome já diz acontece durante o milênio, pelos os remidos, a fim de verificarem porque os perdidos não se salvaram.

3. E a terceira fase, que é o Juízo Executivo, se dará no final do milênio, quando o fogo destruirá os maus e purificará a terra.

        

  • Vejamos a descrição desse juízo em Daniel 7:9 e 10.

a) Estes versos apresentam uma cena de julgamento, com todos os elementos que o caracterizam.

(1) O “Ancião de dias” é uma referência óbvia a Deus, o Pai que haverá de presidir o juízo;

(2) Os “milhares de milhares” que O serviam constituem uma referência aos anjos, que desempenham as funções de “ministros e testemunhas” (SDABC, vol. 4, pág. 828).

(3) Jesus nessa faze atua como advogado.

 

B.     “ASSENTOU O TRIBUNAL, E SE ABRIRAM OS LIVROS”

 

1.  Assim como o julgamento terrestre está baseado nos autos de um processo, o julgamento divino também esta baseado nos registros infalíveis dos livros celestiais. Tudo esta fielmente registrado ali.

Eclesiastes, 12: 14

 

2.     alguém comentando certa feita, disse: “nós acreditamos que quando um membro é excluído do livro da igreja, Deus também risca o seu nome do livro da vida”.

a)                    Em primeiro lugar aquele irmão sem perceber, é evidente, defendeu uma idéia esposada pela igreja católica, que acredita estar investida de autoridade de decidir o destino eterno de seus membros, baseada numa interpretação equivocada das palavras de Cristo em Mateus, 16:19 – “E o que desligares na terra, terá sido desligado nos Céus”. Durante vários séculos muitos estiveram presos à referida igreja, temendo ser excomungado e nesse caso perder a salvação. Mas convém saber que Deus jamais delegou tal autoridade a terceiros.

b)                    Em segundo lugar, essa idéia se torna absurda ao pensarmos que se a igreja cometer uma injustiça, e excluir indevidamente um membro, Deus ficaria obrigado a cometer o mesmo erro no Céu, riscando indevidamente tal nome do livro da vida.

c)                     Em terceiro lugar, não podemos aceitar esse conceito porque ele se choca frontalmente com a doutrina do Juízo Investigativo.

Ilustrando:

Se eu cometer um homicídio ou adultério, serei excluído da igreja. Mas será o meu nome excluído do livro da vida por causa desse ou desses pecados?

Note que foram exatamente esses os pecados cometidos por Moisés, Abraão e Davi. Se eles vivessem hoje, fossem membros da igreja seriam excluídos.

                   Mas o que fez Deus? Riscou o nome desses três servos Seus do livro da vida?

De maneira nenhuma. Antes, enviou-lhes uma mensagem de arrependimento.

Eles se arrependeram e foram reintegrados no favor divino.

 Enquanto Moisés já se acha desfrutando vida eterna, Abraão e Davi aguardam no pó da terra o cumprimento das promessas conforme Hebreus 11.

 

3.     Ter o nome riscado do livro da vida significa estar perdido eternamente. Porque o livro da vida não é como o livro da igreja, em que o indivíduo pode ser registrado e riscado várias vezes. Já ouvi de alguém que foi cortado e readmitido sete vezes.

·         No livro da vida, porém, um nome só é registrado apenas uma vez. E se tiver de ser riscado é riscado também apenas uma vez, e em caráter definitivo.

 

C.    “E QUANDO UM NOME É RISCADO DO LIVRO DA VIDA?”

 

1.     DURANTE O JUÍZO INVESTIGATIVO!

a)  É para isso que serve o juízo – para investigar se a pessoa que uma vez aceitou a Jesus Cristo como o seu salvador pessoal, e teve nessa ocasião o seu nome registrado no Livro da Vida, perseverou na fé ou apostatou.

b)  Se perseverou até o fim (Mateus, 24:13), se foi fiel até a morte (Apoc. 2:10), seu nome não será apagado, caso contrário, esse nome será então e somente então definitivamente riscado.

c)  Vejamos o que diz Ellen White: “Quando nos tornamos filhos de Deus, nossos nomes são escritos no Livro da Vida do Cordeiro e lá permanecem até o tempo do Juízo Investigativo... se naquele dia for evidente que não nos arrependemos completamente de todos os nossos maus atos, nossos nomes serão apagados do Livro da Vida...” – SDABC, vol. 7, p. 987.

 

Ilustrando:

         Dois exemplos:

                   A. Saul foi ungido rei de Israel. Pertencia ao povo de Deus. O seu nome foi registrado no livro da vida. Entretanto no final de sua vida, Saul afastou-se de Deus. Mas o seu nome permaneceu no livro da vida até o Juízo Investigativo.

                   Digamos que no dia 23 de abril de 1895 o caso de Saul tenha sido julgado. Verificou-se que embora tivesse anteriormente pertencido ao povo de Deus, acabou se desviando, e morreu em seus pecados. Somente então, no dia 23 de Abril de 1895 é que o seu nome foi riscado do livro da vida.

                   B. Digamos que em 12 de Setembro de 1870 tenha sido julgado Abraão. Quando ele aceitou o chamado divino, o seu nome foi registrado no livro da vida. Ao longo da sua peregrinação na terra, Abraão cometeu alguns erros e pecados, mas se arrependeu, perseverou em sua fidelidade a Deus, e finalmente morreu na fé. Nesse dia, quando o seu caso foi julgado, o seu nome não foi riscado, mas mantido no Livro da Vida, garantindo-lhe a salvação.

 

2.     Os que nunca aceitaram a salvação, nunca foram registrados no Livro da Vida, e sim no Livro da Morte, onde estão registradas as suas más obras. Por isso eles não passam pelo Juízo Investigativo, pois estão automaticamente condenados.

João, 3:18 – Quem nEle crê não é julgado; o que não crê já está julgado.

 

3.     Em outras palavras:

a)    Quem crê, passa pelo Juízo Investigativo, mas não pelo Juízo milenial (durante o milênio).

b)    Por outro lado, o que não crê, não passa pelo o Juízo Investigativo. Vai direto para condenação do Juízo Milenial, onde o seu caso será revisado antes de receber a sentença final.

c)     Os remidos examinarão a sentença dos perdidos e saberão por que eles se perderam.

 

II PRIMEIRO OS MORTOS DA CASA DE DEUS         

 

A.     QUEM ESTÁ SENDO JULGADO NESTE MOMENTO

 

1. A Bíblia nos responde

·         I Pedro, 4:17 –Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada”.

·         Hebreus, 9:27.

·         Apocalipse, 11:18.

·         Apocalipse, 20:12.

a)    Paulo afirma que “todos compareceremos perante o tribunal de Deus” (Romanos, 14:10), mas Apocalipse 20:12 deixa claro que este comparecimento não é pessoal, pois estaremos mortos nessa ocasião.

 

III. QUANDO O JUÍZO PASSARÁ AOS VIVOS?

        

  1. A HORA DOS VIVOS!

    1. O Juízo dos mortos começou no 1844, e “quando esta obra se completar, o juízo deve  ser pronunciado sobre os vivos” (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 125).

a)    Ellen White declara: “Breve, ninguém sabe quão breve, passará ela (a obra do juízo) aos casos dos vivos” (Grande Conflito, pág.490).

b)    Acrescenta ainda: “a grande obra do juízo dos vivos está para começar” – (Testimonies, vol. 6, pág. 130). Declarado no 1900.

 

    1. “Se o meu nome for julgado agora, que será do restante da minha vida?” –  alguns tem se perguntado.

a)    Conforme já explicamos, o juízo é após a morte. Portanto, nenhum vivo está sendo julgado agora. Entretanto, quando o juízo passar aos vivos pouco antes do fechamento da porta da graça, todos serão tomados a tomar a decisão final em relação a verdade, em conseqüências do desencadeamento de fatores especiais: a sacudidura e os sinais evidentes da próxima volta de Jesus.

b)    Deus não decidirá o caso de ninguém, para vida ou para morte,  enquanto a pessoa ainda tiver possibilidade de mudança. Só então quando todos tiverem feito a sua opção em caráter definitivo, é que se fecha a porta da graça:

(1)            A obra do juízo que começou em 1844, deve continuar até que os casso de todos estejam decididos, tanto dos vivos, como dos mortos; disso se conclui que ela se estenderá até o final do tempo de graça para a humanidade.” EGW, Grande Conflito, pág. 436.

    1. Assim como o julgamento dos outros é uma separação de nomes nos registros celestiais – uns para a vida e outros para a morte – assim também será o juízo dos vivos. O joio e o trigo que cresceram juntos dentro a igreja, deverão ser separados nessa obra de purificação da Igreja Remanescente, que é a sacudidura a qual ocorrerá imediatamente após o selamento:

a)    Tão logo estejam os filhos de Deus selados e preparados para a sacudidura, esta virá”. EGW, SDABC, vol. 4, pág. 1161.

 

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