Monte Sinai

 
36 - O Sinal Divino do Verdadeiro Israelita

 

 

 

1. NOS ANAIS da História não há registro de tragédia mais terrível do que a da destruição de Jerusalém por Nabucodonosor, em 586 antes da era cristã. Durante o cerco e carnificina que se seguiu, pereceram muitos judeus e incontáveis outros foram levados prisioneiros para outras terras. Essa tremenda catástrofe nunca foi contada em toda sua extensão, nem é provável que o seja, enquanto não for revelada em toda sua magnitude no grande dia do juízo.

É mais lamentável ainda que essa inesquecível tragédia poderia ter sido evitada, conforme acredita todo judeu pensante. O Deus de Abraão, por Seu profeta Jeremias, prometeu solenemente que, se os filhos de Israel O servissem e observassem fielmente Seu memorial da criação- o sábado do sétimo dia, seu reino e a cidade de Jerusalém com seu magnífico Templo "permaneceriam para sempre". Jeremias 17:24-25 (H).

Por outro lado, foram também fielmente advertidos que, se se desviassem do Senhor e persistissem em profanar Seu santo dia de sábado, Ele "acenderia fogo nas suas portas" (de Jerusalém), o qual "não se apagaria", enquanto não tiver acabado sua obra de destruição. Jeremias 17:27 (H).

Nossos antepassados infelizmente desrespeitaram essa solene advertência e as ameaças de juízo se cumpriram. Seria bom que nós, descendentes, aprendêssemos de sua amarga experiência, para saber como é perigoso, sim, como é fatal o desrespeito das mensagens de advertência e pedido vindos do Céu. Transgredindo deliberadamente a lei de Deus e profanando o Seu santo sábado, contraímos para nós irreparável perda e ruína completa.

2. A lição, porém, não é só para nós que somos da linhagem de Abraão, mas também para toda a humanidade. A destruição de Jerusalém é apenas uma pálida sombra do muito maior e mais terrível devastação que sem demora se precipitará sobre o mundo inteiro, culpado de pecados ainda maiores do que os que atraíram a ira do Senhor sobre Israel antanho. Na seguinte passagem, Ele adverte compassivamente os habitantes deste mundo, falando dos terríveis efeitos da persistente transgressão de Sua santa lei:

- "E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o Evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-Lhe glória; porque vinda é a hora do Seu juízo. E adorai Aquele que fez o céu, e a Terra, e o mar, e as fontes de águas....

"E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice de Sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. E a fumaça do seu tormento eleva-se para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia, nem de noite, os que adoram a besta e sua imagem, e todos aqueles que receberem o sinal do seu nome." Apocalipse 14:6-7, 9-11.

3. Esta mensagem universal convoca os habitantes da Terra a adorar o Deus vivo e verdadeiro, o Criador do céu e da Terra; e adverte todos contra o falso sistema de adoração, designado como "a besta e sua imagem". Todos devem decidir-se por um dos sistemas de culto diametralmente opostos, pela verdade ou pelo erro, pela luz ou pelas trevas, pela obediência ou a transgressão. A essência desta solene advertência é nítida. Os que consciente e deliberadamente escolhem aceitar "a marca" desse falso ou apóstata sistema de culto, na fronte ou em sua mão direita, sofrerão o terrível juízo retribuidor de Deus. Em que consiste essa "marca", será explicado mais tarde.

4. Os que se decidiram a obedecer ao Criador, são apresentados, na passagem seguinte, como sendo marcados com o "selo do Deus vivo" na fronte. Citamos:

"Vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da Terra, retendo os quatro ventos da Terra, para que nenhum vento soprasse sobre a Terra, nem sobre o mar, nem contra árvore alguma. E vi outro anjo sair da banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos a quem fora dado o poder de danificar a Terra e o mar, dizendo: Não danifiqueis a Terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus." Apocalipse 7:1-3. Dessas passagens aprendemos que Deus tem um sinal e que "Seus servos", Seus verdadeiros seguidores, estão sendo marcados na fronte com esse "selo do Deus vivo".

5. O que significa, afinal, esse "selo" ou "sinal"? Um selo é o carimbo de aprovação oficial num documento legal para dar-lhe força e autoridade. Tem sido usado desde tempos imemoriais por reis e soberanos. Por exemplo, em Ester 8:8 (J) lemos de um "escrito que se escreve em nome do rei, e se sela com o anel do rei, não é para revogar".

Para ser válido, o selo deve preencher os seguintes três requisitos: (1) O nome do soberano; (2) sua posição ou cargo; e (3) o território de sua jurisdição. Uma ilustração: o selo do presidente dos Estados Unidos contém: (1) o nome do presidente, (2) sua posição oficial - a de presidente, (3) o território de sua jurisdição - Estados Unidos da América.

Se, conforme as Escrituras, o Criador do Universo, o Rei dos reis, também tem um selo, ou sinal, de Sua divina autoridade, perguntamos: o que constitui o selo de Deus? com que se assemelha e onde se pode encontrar? Diz o Senhor:

- "Liga o testemunho, sela a lei entre os Meus discípulos." Isaías 8:16.

6. Desta passagem aprendemos que o selo de Deus se encontra em Sua lei - os Dez Mandamentos. Ao examinarmos os Dez Mandamentos, constatamos que apenas um deles contém os três requisitos acima referidos, e esse é o quarto mandamento, o do sábado, o qual passamos a citar na integra:

- "Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou, por isso o Senhor abençoou o dia de sábado, e o santificou." Êxodo 20:8-11 (H).

7. Este mandamento, como vereis, contêm: (1) o nome de Deus - "Senhor"; (2) Sua autoridade - Ele é o Criador, pois "fez os céus e a Terra", etc.; (3) o território sobre o qual Ele reina, são "os céus e a Terra", etc. O mandamento do sábado é, portanto, o selo ou o sinal do Deus vivo, que autentica a Sua santa lei e dá força e autoridade. É o único dos Dez Mandamentos que aponta para Ele como o Criador. Se remover-se este mandamento dentre os dez, não poderemos mais saber quem é o autor do Decálogo. O sábado é, portanto, o emblema dá autoridade de Deus, é Seu selo e sinal do culto' verdadeiro. Citamos:

- "Tu, pois, falarás aos filhos de Israel, e lhes dirás: Certamente guardareis os Meus sábados; pois é sinal entre Mim e vós nas vossas gerações; para que saibais que Eu sou o Senhor que vos santifica." Êxodo 31:13 (Edição revista e atualizada). "Santificai os Meus sábados, pois servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibais que Eu sou o Senhor vosso Deus." Ezequiel 20:20 (H). Ver também o verso 12.

8. "Sinal" e "selo" são usados, na Bíblia, como sinônimos; significam a mesma coisa. Por exemplo, em Romanos 4:11, lemos:

- "E recebeu Abraão o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé quando estava na incircuncisão." Em Apocalipse 7:1-3, citado acima, somos informados de que o selo do Deus vivo será posto na testa dos servos de Deus. A testa é a sede de nossa inteligência e memória.

O leitor terá notado que o mandamento do sábado começa com a palavra "lembra-te" (zakar). Nosso Criador nos manda entesourar o sábado nas galerias de nossa memória - na testa - para lembrarmos sempre de o santificar. A sagrada observância do sábado é o sinal exterior, o selo, de uma experiência interior. Significa que amamos e servimos a Deus e Sua lei está indelevelmente inscrita em nosso coração e mente. Aqueles que possuem essa experiência constituem o verdadeiro Israel, pois têm o selo do Deus vivo - a senha de sua*fidelidade ao Criador - escrito na testa.

9. Enquanto prossegue essa obra universal do selamento, também é proclamada a solene advertência contra a religião contra-feita (a adoração da "besta" e "sua imagem") - conforme citado acima, de Apocalipse 14:6-11. Como deve ser desafiador ao Céu esse falso sistema de culto, para justificar tão terrível denúncia!

A quem se refere Deus quando fala da besta" e da "imagem da besta"? E o que é o "seu sinal'' que será posto na testa e na mão direita de todos aqueles que adoram esses poderes? Os símbolos empregados nessa mensagem de advertência são interpretados e explanados pelas próprias Escrituras, assim que todos possam compreender a real importância dos fatos envolvidos possam fazer sua escolha inteligente.

10. ''Besta'', nas profecias bíblicas, representa um rei ou reino, um poder político ou eclesiástico. Daniel 7:17, 23. A besta de Apocalipse 14:9 simboliza o sistema papal político-eclesiástico que se atreveu a substituir o sábado do Senhor pelo domingo pagão. Este assunto foi objeto de estudo na Lição 13, intitulada: "Quem mudou o Sábado?'' Para fundamentar nossa fé e provar sem sombra de dúvida que a ''besta'' de Apocalipse 14:9 é símbolo do poder papal, Deus nos revelou em Sua Palavra o próprio número dessa organização internacional. Citamos:

"Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcula o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis." Apocalipse 13:18.

11. "A besta", como foi dito, representa Roma eclesiástica. "O homem" que governa essa hierarquia religiosa, é o papa de Roma. A passagem acima citada manda-nos contar o numero de seu nome. Um nome, ou título do papa é bastante pretensioso: VICARIUS FILII DEI - (latim) quer dizer: vigário" ou "representante do Filho de Deus" - o que significa que o papa pretende tomar o lugar do Messias aqui na Terra. A infinita sabedoria declara que se contarmos o número de seu nome (do papa), concluiremos ser o mesmo 666! Foi sugerido o seguinte:

No alfabeto romano (latim), certas letras têm valor numérico. Por exemplo, I representa o número um; V ou U é 5; X é 10; L é 50, C é 100; D é 500, e M é 1.000. "Contando'' ou somando o valor numérico das letras no título do papa acima referido, o resultado dá o exato número 666 (5 + 1 + 100 + 1 + 5 + 1 + 50 + 1 + 1 + 500 + 1).

12. O que constitui "a marca" que o sistema papal coloca na testa ou na mão direita de seus adoradores? Na lição 13 desta série, vimos que o papado arrogou a si o direito de mudar a lei de Deus. O eclesiasticismo romano violara realmente a lei de Deus de modo bastante flagrante. Tentou não somente riscar da lei o segundo mandamento que proíbe a adoração de imagens; mas pretendia mudar também o quarto mandamento, que exige a consagração do sétimo dia da semana, o sábado, pondo em seu lugar um sábado (dia de descanso) espúrio - o primeiro dia da semana - o domingo. A observância do domingo é uma reminiscência do culto ao Sol. É o dia que os pagãos da antiguidade dedicavam ao culto do Sol. A hierarquia católica romana é responsável pela atual observância quase universal dessa instituição pagã. A igreja papal não só admite ter introduzido esse sábado contrafeito, falso, mas gaba-se arrogantemente do seu poder de assim alterar a santa lei de Deus. Citamos da mais alta autoridade papal:

A 15 de maio de 1961, o Papa João XXIII publicou sua carta encíclica Mater et Magistra sobre a cristandade e o progresso social, na qual chamava a atenção dos homens para o mandamento do Decálogo (Êxodo 20:8-11) que diz: "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar." A seguir, o Pontífice Máximo declara: "A Igreja Católica [Romana] decretou por muitos séculos que os cristãos observem como dia de descanso o domingo.... E assim, considerando as necessidades de alma e corpo, exortamos, por assim dizer, com as palavras do próprio Deus, a todos os homens, quer sejam funcionários públicos, quer sejam representantes executivos ou do operariado, para que observem esse mandamento do próprio Deus e da Igreja Católica, e julguem, no íntimo de sua alma, que têm a responsabilidade, para com Deus e a sociedade, a este respeito." - Secções 249-258 (pág. 76 da edição da Imprensa Paulina, Nova Iorque, 1961.)

13. Por sua própria admissão, pois, é o domingo "a marca" do sistema papal, o emblema de sua autoridade e poder no domínio religioso. Ao passo que o sábado, o sétimo dia, é o "selva" de Deus, o sinal que distingue o verdadeiro culto do domingo, "a marca da besta", a "marca" característica desse falso sistema de culto. Satanás, o guia espiritual do papado, sempre procurou obliterar, no espírito do povo, o sábado do Senhor. Para conseguir isso, ele tem influído no seu agente visível, a hierarquia papal, no sentido de abolir o sábado semanal, memória da criação, substituindo-o pelo domingo, a "marca" do culto ao Sol, desprezando assim a autoridade do Criador.

14. A mensagem de tremenda advertência em Apocalipse 14:9-11 é dirigida contra os que recebem a "marca da besta" - a instituição do domingo - "na testa" ou na "mão direita". Apocalipse 13:16. De que maneira pode a pessoa receber "a marca" na testa ou não mão direita? Com a mente, ou testa, rendemos culto; e com a mão direita ganhamos o nosso sustento. As pessoas esclarecidas que deliberadamente transgridem o sábado trabalhando no santo dia de Deus, preferindo honrar a instituição do domingo acima do memorial do Criador, são as que recebem "a marca da besta" na testa ou não mão direita.

Enquanto Deus diz: "Lembra-te do dia de sábado, para o santificar", o papado diz: "Lembra-te do dia de domingo, para o santa ficar." Cioso por manter seu poder e influência, ele estenderá suas mãos aos protestantes que guardam o domingo, e procurará impor a todos a observância desse dia. Os que obedecerem a ele, em vez de obedecer ao mandamento de Deus, receberão a sua "marca" na testa ou na mão direita, deixando de receber o "selo" ou "sinal" de Deus da Sua aprovação.

15. Um dos principais alvos do sistema papal é reunir em seu redil o mundo todo. Isto ele considera sua "missão divina". A mensagem profética de Apocalipse 13:11-17 prediz que esse sistema religioso apóstata formará ainda uma união com o protestantismo apóstata e com o espiritualismo; e mediante essa união tríplice, a observância do domingo será imposta em todo o mundo sob as mais severas penalidades. Ver também Apocalipse 16:13-14. A América protestante tomará a dianteira em iniciar e promover essa união religiosa. De acordo com a profecia bíblica, os Estados Unidos da América ainda abjurará todos os princípios de sua constituição como forma de governo republicano e protestante, e seguirá os moldes do papado, instituindo um Estado eclesiasticamente controlado, impondo dogmas religiosos procedentes do papa. Esta colaboração Igreja - Estado é referida nas Escrituras "imagem (semelhança ou cópia) da besta" (o papado). Consideremos agora esta importante profecia de Revelação 13:1117, começando com o verso 11, onde lemos:

16. - "E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão."

Uma cuidadosa análise deste texto, à luz da História, claramente indica que essa criatura semelhante a um cordeiro é o símbolo profético dos Estados Unidos da América. Há muitas razões fortes que nos levam a essa conclusão:

Primeiro, essa criatura semelhante a um cordeiro, emerge da terra que, na Escritura, simboliza território desabitado. Na profecia bíblica, "águas" denotam povos, multidões e nações. Ver Apocalipse 14:15; Daniel 7:23, 7, 23. Visto como "águas" simbolizam território ocupado, é óbvio que terra, o exato oposto, significa território previamente não ocupado. A América que foi virtualmente um território não ocupado. até que os Estados Unidos nele se constituíram, corresponde perfeitamente a essa descrição.

Segundo, esse poder assemelha-se ao cordeiro em seu caráter. Aí se apresenta um país que é único no sentido de ter evitado envolver-se em conquistas sangrentas a fim de aumentar seu território. A História demonstra o fato sem precedentes que esse grande país expandiu suas fronteiras territoriais, não mediante conquistas militares, mas sim, por meios pacíficos. Grande parte do seu território foi adquirida a peso de ouro.

Terceiro, essa criatura semelhante a cordeiro, não ostenta uma coroa na cabeça, e não tem coroas em seus dois cornos. Isto indica uma forma de governo republicano. Os dois chifres simbolizam um governo no qual os poderes civil e religioso se mantêm separados: um Estado sem rei, uma Igreja sem papa - uma forma de governo republicano, cuja constituição abrange os princípios semelhantes à natureza do cordeiro, de separação entre a Igreja e o Estado. Esses dois grandes princípios de liberdade civil e religiosa são a fonte e o baluarte da grandeza desse país - o ímã que para ele tem atraído milhões de pessoas opressas e perseguidas.

17. Esta profecia, entretanto, preconiza o repúdio e abandono desses dois princípios de liberdade desse país; pois o mesmo texto declara que essa criatura semelhante a cordeiro ainda falará "como dragão"! Nas Escrituras, dragão simboliza um poder perseguidor. Apocalipse 12:17 e 13:1-7. Como é que um país pode falar? Através das leis que decreta! E pelas decisões de seus tribunais. Agora, notem que mais diz a profecia:

- "E foi-lhe concedido [aos Estados Unidos] que desse espírito à imagem da besta [o protestantismo apóstata], para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita ou nas suas testas; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome." Apocalipse 13:15-17.

18. Dessas passagens é evidente que em algum tempo no futuro - talvez antes do que pensamos - as igrejas protestantes da América formarão uma poderosa união religiosa e conseguirão o apoio do Estado para a imposição de seus dogmas. Assim, a "imagem da besta" terá sido formada! O "sinal da besta" - que é a instituição do domingo - será então imposto sob as mais severas penalidades: privação de direitos políticos e outros, boicote, e mesmo a morte Esse repúdio de todos os princípios de justiça, nesse país, tão amado, numa época tão esclarecida, pode afigurar-se Incrível; mas Aquele que lê o futuro como livro aberto, revelou-nos amoravelmente em Sua Palavra infalível, o que há de acontecer. Então haverá precisão de coragem e firmeza, como teve Daniel, para santificar "o sábado do Senhor", quando a maioria achará conveniente guardar o domingo.

19. Perguntará o leitor: "Que diferença faz qual o dia que se observe?'' Faz enorme diferença se adorarmos o Criador, ou recusarmos a render-Lhe aquele culto que Ele designou como sinal de lealdade e obediência. O desfraldar da nossa bandeira nacional, nos dias comemorativos, torna manifesta nossa lealdade ao nosso país. Assim a nossa observância do santo sábado de Deus, o memorial da Criação, é sinal de nossa lealdade a Ele como Criador e Soberano do Universo.

20. A questão do sábado, consoante as profecias bíblicas, tornar-se-á o ponto principal de controvérsia por todo o mundo religioso. O supremo dever de honrar o Criador observando o Seu sábado, será ainda apresentado à mente e à consciência dos homens e mulheres de toda parte, de maneira que não terão desculpa os transgressores da lei de Deus. Aos que, apesar de toda evidência, preferirem prestar homenagem á instituição de feitura humana (domingo), e perseguirem e oprimirem os que guardam o santo sábado do Senhor, é feita a advertência dos terríveis juízos que seu deliberado insulto ao seu Criador trará,sobre eles. Pois "beberão do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice de Sua ira". Apocalipse 14:10.

21. O que quer dizer "a ira de Deus... não misturado"? É a justa e irrestrita cólera de Deus, derramada sobre os ímpios, nas sete horríveis pragas, "porque nelas [nessas pragas] é consumada a ira de Deus". Apocalipse 15:1. Quando a substituição do sábado do Senhor pelo domingo se tornar geral, e quando os ímpios conspirarem para destruir os que honram o seu Criador santificando o Seu sábado, ai Ele intervirá para reivindicar Sua lei desprezada.

22. Quando Faraó emitiu seus decretos opressivos contra os filhos de Israel, tornando-lhes difícil que O adorem e santifiquem o Seu sábado, o Senhor permitiu que sobreviessem pragas aos egípcios, e libertou a Israel com Sua mão poderoso e Seu braço estendido, "para que guardassem os Seus preceitos, e observassem as Suas leis''. Salmo 105:45 (H). Depois que os filhos de Israel atravessaram o Mar Vermelho em terra seca, e testemunharam a completa destruição de seus inimigos, entoaram um grandioso hino de livramento. Êxodo 15.

23. Essa experiência terá seu paralelo nestes últimos dias. Tendo rejeitado a última advertência divina, os ímpios de todas as nações perseguirão os remanescentes que santificam o sábado do Senhor. Mas no momento crítico, quando os opressores estiverem prestes a se precipitarem sobre sua presa, Deus manifestará Seu poder para livrar o Seu povo. Então, como outrora, um magnífico hino de vitória - o "cântico de Moisés e do Cordeiro" - irromperá dos gratos e felizes corações. Diz o profeta:

- "E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor Deus Todo-poderoso! justos e verdadeiros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos." Apocalipse 15:2, 2.

24. Conta-se que um menino que tinha na fronte um grande sinal de nascença, um dia foi seqüestrado e levado para uma terra distante, onde o venderam como escravo. Vinte anos depois, escapou do seu senhor e voltou para sua terra. Aqueles vinte anos de trabalho escravo lhe mudaram as feições de tal forma que nem sua própria mãe o reconheceu. Tirando o chapéu, ele apontou para seu sinal congênito! Não havia engano ante esse sinal na fronte! Agora a mãe estava absolutamente segura de que ele era de fato seu filho amado que se havia perdido, mas fora novamente encontrado!

25. Quando o Messias vier pela segunda vez, buscará um povo que tenha na fronte o sinal do verdadeiro Israel - o selo de Deus - os que se lembram "do dia de sábado, para o santificar". Esses, naquele grande dia, serão considerados como filhos e filhas de Deus. Esse sinal de nascença identificará os obedientes franqueando-lhes a entrada no reino de Deus, para fruírem vida eterna, pois prova que observaram o sábado do sétimo dia, o dia que Deus abençoou e santificou no princípio, para comemorar o nascimento deste mundo.

 

O Sábado do sétimo dia é um sinal de adoração, enquanto que o domingo é um vestígio da adoração do Sol - a marca da apostasia.

 

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