Monte Sinai

Grupos de Estudos Leigos

 

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura.  Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. Marcos 16:15-16

 

SETE RAZÕES PORQUE FALHAM OS  GRUPOS DE ESTUDOS LEIGOS

Por que tão poucas igrejas se propõem a ter GELs se são tão importantes e necessários? Em parte é porque muitas igrejas já tentaram e falharam! Muitas vezes nem iniciaram, pelo fato de conhecerem outros que falharam. Seria bom identificar por que falharam. Se você teve tal experiência, veja se algumas das razões que indicamos abaixo explicam esta falha. Nossa experiência com GEL nos tem ajudado a identificar pelo menos sete formas de matá-los! É importante conhecer isto pelo menos para poder prevenir tal morte. Violando estes princípios você garante a falha dos GELs.

1. FALTA DE VISÃO DO PASTOR/ANCIÃO

O Dr. Paul Yonggi Cho, escreve: “O pastor/ancião (ou ancião dirigente) deve ser a pessoa-chave do empreendimento. Sem o pastor/ancião/ancião o sistema não subsistirá. É um sistema, e todo o sistema deve Ter um ponto de controle. O fator de controle dos GELs é o pastor/ancião/ancião.”

Os GELs muitas vezes são novidade. É um novo odre. Traz mudanças. Ameaça velhas estruturas, tanto psicológicas como sociais e até espirituais. É necessária a mão pessoal do pastor/ancião/ancião, pelo menos no primeiro ano, para que todo um movimento se desenvolva.

Quando o pastor/ancião/ancião não está envolvido diretamente, ele pode, muitas vezes, ser a causa da falha destes grupos.

2. FALTA DE SUPERVISÃO EFICAZ E TREINAMENTO DE LÍDERES

Os grupos falham quando deixamos a liderança isolada e sem acompanhamento. Todo líder precisa de cobrança e de cobertura. Se não for encorajado, o líder do GEL não resistirá. Por isso, acompanhamento e gerenciamento são extremamente importantes, bem como uma reciclagem e treinamento periódico.

Um aspecto deste treinamento é ter material adequado. Muitos nem começam por falta do mesmo. Outros começam, mas falham, porque não sabem como dar continuidade.

Quando falamos de supervisão e treinamento, é bom lembrar que o pastor/ancião também precisa do mesmo! Ele não é um super-homem que automaticamente sabe como liderar GELs. Muitos que começaram, desistiram por não conseguirem resolver os problemas que surgiram. Para Ter êxito necessita pelo menos as três qualidades seguintes:

a) Precisa saber como resolver conflitos. Quando nos conhecemos melhor, como num GEL, acabamos tendo mais conflitos. Poucos pastor/ancião e líderes tem recebido treinamento sobre como resolver conflitos.
b) Precisa ter um assessor ou conselheiro ao qual dirigir-se quando os problemas surgem. O pastor/ancião precisa de ter alguém com mais experiência que está disposto e capacitado para assessorá-lo.
c) Precisa ver um modelo ao vivo. Muitos utilizam a visão de um livro. Poucos conseguem Ter êxito transferindo as idéias do livro para a realidade. O pastor/ancião aprenderá muitas coisas essenciais. E às vezes inconscientes, por poder visitar ou participar de um bom GEL em outra igreja. Tal participação pode ser a rocha fundamental para o pastor/ancião visualizar bem como tais grupos funcionariam em sua igreja.

Muitos de nós, pastor/ancião, não mantemos um relacionamento com outros colegas o suficiente para termos esse intercâmbio de experiências. Muitas vezes nos achamos grandes demais para visitarmos e observarmos como o ministério se desenvolve no campo de um colega. Na verdade, essas experiências podem nos trazer muita vida, inspiração e direção. Pense também sobre a possibilidade de convidar outros pastor/ancião para visitarem ministérios em sua igreja, simplesmente para observar. Isto quase nunca acontece. Sempre os convidamos para ministrarem. Às vezes as observações e a avaliação que pode fazer, se pedimos com espírito de humildade, pode servir para melhorar dramaticamente um ou outro ministério da igreja.

3. FALTA UM RELACIONAMENTO ESTREITO ENTRE O PASTOR/ANCIÃO E OS LÍDERES

Em muitos casos o pastor/ancião não abraça a visão porque tem medo de descentralizar seu poder. Teme que não poderá controlar o que acontece nos grupos. Vê a possibilidade da divisão, com um ou mais GEL tornando-se autônomos e saindo da igreja.

O pastor/ancião e seus líderes precisam Ter um bom relacionamento e um espírito de companheirismo e amizade. Este relacionamento estreito é a chave da prevenção contra divisão.

4. FALTA DE UM SENTIDO DE MISSÃO

Quando o grupo focaliza apenas a si mesmo, perdendo o sentido de missão, acaba se matando. Algumas pessoas diriam que tal grupo deve morrer! Cada GEL precisa de um sentido de missão para ser um grupo saudável. O objetivo evangelístico de um GEL já dá tal sentido de missão a um grupo. Se não tiver ênfase, o grupo precisará descobrir outra missão.

O objetivo central dos GELs é estabelecer relacionamentos redentores, com Cristo, uns com os outros, e estendendo-se para os que ainda estão fora do grupo. A amizade se torna uma chave para conquistar a vizinhança, os amigos e outros.

5. PESSOAS SUPERCARENTES PODEM DESTRUIR UM GRUPO

As necessidades de tais pessoas podem ultrapassar a capacidade de resposta do grupo. Muitas vezes pessoas feridas emocionalmente se tornam dominadoras e controladoras. Essas pessoas, ou seus problemas, podem acabar dominando o grupo. O segredo é criar grupos de apoio que atendam especificamente a estes casos.


6. FALTA DE DESENVOLVIMENTO DE NOVAS ESTRUTURAS

É preciso desenvolver estruturas para que os GELs sejam parte central da vida da igreja. Só acrescentar um grupo à vida de um líder, já sobrecarregado de atividades, é uma forma segura de “matar” os componentes do grupo e fazê-lo fracassar.

Muitos pastor/anciãoes não querem começar GEL por não terem pessoas preparadas para liderá-los. A liderança já está sobrecarregada. Na verdade, precisamos descobrir novos líderes ou ajudar os líderes atuais a passarem algumas de suas responsabilidades para outros. Normalmente será necessário que a igreja pare com alguma reunião no meio da semana para que se abra espaço para os membros participarem dos GELs.

Outro aspecto para desenvolver novas estruturas está relacionado com estruturas psicológicas. No início, as pessoas não querem abrir suas casas. A visão da igreja tem sido por tanto tempo voltada para o templo, que os membros têm dificuldade de enxergar suas casas como expressão do reino de Deus em suas vizinhanças. Muitas pessoas só conseguem enxergar a presença de Deus no templo. Temos esquecido que nós somos o templo de Deus, pedras vivas, demonstrando a realidade de Deus ao nosso redor.

7. MÁ SELEÇÃO DOS LÍDERES

Selecionar os líderes formais da igreja para liderarem os GELs . Eles não eram ensináveis, nem estavam prontos para entrar numa nova visão.

 

COMO TORNAR OS MODULOS DO GEL DINÂMICOS E INTERESSANTES

PORQUE O GEL PRECISA SER DINÂMICO?

“Qualquer atividade que for realizada sem entusiasmo, sem dinamismo, cairá na rotina e no enfado.”

RAZÕES PARA OS GELs:

Desenvolver amor fraternal
Evangelizar/Conservar
Oração
Estudo da Bíblia
Criar ambiente apropriado para o desenvolvimento espiritual

“Somente se o GEL for repleto de fervor e entusiasmo, faremos com que alcance seus objetivos e influencie a vida de seus membros.”

A figura do Líder é fundamental para tornar a reunião dinâmica. O grupo será reflexo daquilo que é seu Líder.

O LÍDER COMO ELEMENTO-CHAVE:

Consciência do seu chamado
Sua experiência com Deus
Seu preparo para a função
Seu esforço e dedicação

“Nada é por acaso, principalmente o sucesso.”
“Não há vitórias a preço de pechincha.”
Elsen Hower

O PROGRAMA SEMANAL DO GEL:

Recepção -15 minutos
Louvor

Confraternização - 10 minutos
Apresentação dos visitantes
Conversa informal

Testemunho - 10 minutos
Planos de ação para o evangelismo do Pequeno Grupo.
Testemunhos espirituais.
Desafio da cadeira vazia.
Designar duplas para visitar:
- Os ausentes.
- Os visitantes.
Membros da igreja que não participem do pequeno grupo.
Avaliação das atividades.

Oração - 15 minutos
Agradecimentos e Pedidos de oração
Oração intercessória.

Estudo da Bíblia - 35 minutos
Participação de todos no estudo.
Aplicação prática da mensagem estudada na vida de cada um.
Apelo para todos viverem o que foi aprendido.

ABERTURA – 15’
Recepção
Louvor
Hino Inicial
Oração

CONFRATERNIZAÇÃO – 10’
Pedidos de Oração
Agradecimentos
Testemunhos – Interagir com os membros, envolvendo todos.
Secretaria – Membros ausentes

ORAÇÃO – 15’
Crie motivos especiais
Caixinha de Oração
Varie as formas

O MOMENTO MAIS IMPORTANTE – 35’
O estudo da lição é determinante
Prepare-se antecipadamente
Permita que todos participem da leitura (cada aluno com o seu exemplar)
Saiba o objetivo da lição (a conclusão é uma dica)
Explore as aberturas para debate:
Envolva todos na discussão
Faça perguntas abertas (que pedem opiniões, sentimentos, razões e reações)
Permaneça no tema abordado
Relacione o tema com a vida dos membros (seja prático, relevante)
Coordene a discussão encerrando cada abertura e prosseguindo
Conclua de tal maneira que o grupo saiba o que fazer ou para onde ir (ação)

DICAS SOBRE O PROGRAMA

Este programa todo não deve durar mais que uma hora e trinta. Seja pontual.
Usar lições para GELs, capítulos de um livro do espírito da Profecia ou algum estudo bíblico.
Durante o estudo procure envolver a todos, não fuja do assunto e nem faça sermões.
Procure criar no grupo um clima de informalidade.
Nos pedidos de oração orientar às pessoas que sejam objetivas.

 

REVENDO OS PRINCÍPIOS BÁSICO
8 RAZÕES

1. O GEL GERA ENVOLVIMENTO PESSOAL

Através do GEL cada pessoa tem a oportunidade de envolvimento pessoal na obra do Senhor.
O membro deixa de ser mero espectador, “veste a camisa” e entra no jogo.
Grupos grandes despersonalizam as pessoas, tornando-as meros números de estatísticas.
Quando as pessoas ficam mais próximos uns dos outros, rompem a barreira do anonimato e passam a compartilhar suas riquezas, sejam elas dons espirituais, experiências de vida, recursos financeiros, oportunidades, etc.
O GEL atrai pessoas porque possibilita que cada uma independente de sua cultura ou capacidade, possa ter uma participação significativa.
Tal participação traz outros benefícios:
         a) Maior mobilização
         b) Maior responsabilidade
                   - São valorizados naquilo que fazem
         c) Maior uso dos dons
                   - O uso dos dons cresce em proporção à participação
         d) Maior crescimento espiritual
                   - Um ditado diz: Eu ouço e esqueço; eu escuto e lembro; eu faço e aprendo.

2. O GEL GERA COMUNHÃO

Através dos GELs as pessoas se aproximam mais umas das outras. Há oportunidade para um conhecimento mais íntimo dos irmãos, que passam a se conhecer pelo nome; nascem laços de amizade; a comunhão fica mais forte.

É impossível cumprir os mandamento recíprocos (os “uns aos outros”) quando “uns” só se encontram com os “outros” no meio de multidões reunidas para grandes eventos. Com o GEL, abre-se a possibilidade e levar a sério os mandamentos. Retoma-se o hábito de ir às casas uns dos outros. Os irmãos e vizinhos passam a se visitar, pelo menos para as reuniões. Nesse ponto os GELs são quase inigualáveis, se forem comparados a outros trabalhos normais da igreja.

Os GELs possuem alguns elementos fortalecedores e facilitadores de comunhão que não estão presentes em outras reuniões:

         a) Maior Intimidade: Numa sociedade urbana é difícil desenvolver amizade. Este é um dos grandes pontos dos GELs.

b) Maior Flexibilidade: Por causa do grupo ser pequeno, os ajustes são mais fáceis e possibilitam adaptações às diversas realidades.

c) Maior Integração Social


         d) Maior Mobilidade: Os grupos dão mobilidade à igreja, pois representam a igreja, espalhada por toda a cidade ou bairro, como se fossem “pernas” e os “braços” da igreja.

         e) Maior Sensibilidade: Ao mesmo tempo em que os grupos são as pernas e os braços da igreja, são também seus olhos e ouvidos na comunidade. Através dos grupos, a igreja pode saber o que está acontecendo na comunidade e servir de auxiliadora.

3. O GEL GERA EVANGELIZAÇÃO

Os GELs têm como um de seus principais objetivos a evangelização. Cada crente torna-se um missionário e cada lar uma agência missionária! A evangelização é mais completa e concreta através de relacionamentos pessoais. A grande maioria das pessoas evangelizadas não ficam na igreja, a não ser que se encontrem amigos.

Os GELs funcionam como ponte de ligação entre o indivíduo e a igreja. Muitas pessoas que não aceitariam um convite para ir à igreja, estariam bem mais abertas a um convite para ir à casa do vizinho ou amigo. Uma reunião de GEL não exige o mesmo grau de compromisso que um culto na igreja. O lar, por ter um ambiente familiar e mais descontraído, oferece boas condições para se apresentar as Boas Novas de Cristo. A resistência ao evangelho é bem menor. Assim podemos despertar-lhes o interesse e a fé. A igreja precisa “por todos os modos, salvar alguns” (I Cor. 9:19-22).

À medida que novos grupos vão surgindo, novas bases são estabelecidas para a evangelização nos bairros.

Torna-se claro que tais grupos facilitam o crescimento da igreja. Novas igrejas nascem naturalmente a partir destes grupos. A maioria das denominações estabelece novas igrejas através da criação de pontos de pregação e depois congregações. Os GELs oferecem várias vantagens:

1. O trabalho surge baseado em relacionamentos e amizades.
2. A nova igreja surge naturalmente através da multiplicação de GELs num bairro.
3. A nova igreja já nasce com bons líderes ligados ao bairro.

4. O GEL GERA INTERAÇÃO

No GEL fica mais fácil integrar e acompanhar os n ovos decididos. Poucas pessoas permanecem na igreja se não desenvolvem pelo menos três amizades. Num GEL este desenvolvimento é mais fácil. As pessoas sentem um apoio, um encorajamento pessoal, e um amor tangível em seus primeiros passos de vida cristã.

5. O GEL GERA PASTOREAMENTO

Os GELs fortalecem e assistem aos membros da igreja. O GEL possibilita um pastoreio eficaz. Muitos problemas do rebanho são resolvidos com desabafos, intercessão e aconselhamento mútuos, troca de experiências ou exortações amorosas, o que pode acontecer muito bem nos GELs. Através dos GELs a sobrecarga pastoral é tirada, havendo uma melhor distribuição de funções que, anteriormente, eram somente responsabilidade do pastor/ancião titular. Lembre-se do conselho de Jetro para Moisés (Êx. 18).

6. O GEL GERA NOVOS LÍDERES

Os grupos ajudam a formar e descobrir líderes que certamente, não teriam oportunidade num grupo maior. Os grupos possibilitam e requerem o crescimento da liderança. Este crescimento possui dois aspectos:

a) Interno: Desenvolvendo as habilidades de determinado líder de grupo, dentro do seu grupo.
b) Externo: Aumentando o número de líderes preparados para assumir outros GELs que venham a surgir.

As reuniões dos GELs têm uma estrutura simples que possibilita a maioria dos crentes, não neófitos, a dirigir uma reunião sem muitos problemas.

7. O GEL GERA AJUDA (O DIACONATO)

As necessidades pessoais podem ser melhor assistidas. Nas grandes reuniões há o “Eu te amo em Jesus”. Nos GELs há o “eu te amo e tenho tempo para ouví-lo”. “Eu te amo e posso levá-lo ao hospital”. “Eu te amo e posso ajudar sua família enquanto você está desempregado”.

Quando existem problemas sociais, o grupo tem um potencial maior para ajudar aquele indivíduo ou família necessitada, pois convive com a sua realidade. Os grupos estão afinados com as necessidades locais e aptos para responder de forma prática.

8. O GEL GERA ENSINO PRÁTICO

Jesus ordenou: “Ide, fazei discípulos...” ( Mar 16:15). Nas grandes reuniões a Bíblia é generalizada; nas pequenas é particularizada. O ensino passa a ser mais eficaz e a prática é facilitada. Reunir poucas pessoas e colocar a Bíblia em suas mãos, gera o ambiente e a ocasião para que todos contribuam com seus conhecimentos e testemunhos, e compartilhem suas dúvidas. Desta maneira a Palavra de Deus é aplicada a situações específicas.

No desenvolvimento dos GELs, fazemos da Bíblia a pedra fundamental do ministério. Duas coisas são importantes: a Palavra tem de ser a base do ensinamento, e este ensino deve ser feito de maneira informal. Precisamos fazer estudos simples da Bíblia que se apliquem à realidade das pessoas, que sejam práticos e aumentem o desejo de obedecer a Deus. Tais estudos não devem somente chamar-nos à obediência, mas mostrar-nos como obedecer.

Para concluir esta seção, algumas pessoas podem se surpreender com tantos e tão grandes benefícios dos GELs. Na verdade a explicação é simples. Há sempre um grande benefício em obedecer a Palavra de Deus. Onde houver tal obediência, frutificarão bênçãos e benefícios.

 

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